sexta-feira, 24 de agosto de 2012





Não quero mais esse vai e vem, essa intermitência do querer um prazer tão assustador, tão displicente, que me aprofunda no meu não ser. Quero desfazer esse mal feito que se plantou aqui. Ai de mim, se não refizer o meu caminho. Ai de mim, se não reconstruir a minha estrada. Não quero ser isso, não, nem perto disso. A minha janela verdadeira se quebrou e eu me ceguei ante às outras portas. Não! Há algo errado. Quando meu pé pisou em falso, devia eu saber consertar o passo. Não o fiz e andei por atalhos de campos minados. Pisei em bombas. Ainda não me explodi, mas estou perto de tropeçar na granada. Eu sei como encontrar o caminho do vale das flores, só preciso de uma força, e tal força ainda não sei onde está. O que é congênito me é muito mais forte e perverso. Socorro! Não, não, não! Eu mesmo buscarei a chave da felicidade. Eu entrei no labirinto, eu sairei por mim mesmo. Eu sempre fui assim. Me enrosquei, mas sempre achei a saída. Nada há de me cegar. Meu destino é maior do que a vida!