quinta-feira, 18 de outubro de 2012



Pedaços

Não sei quantas almas tenho
Não há como contá-las
Grãos de areia
Pensamentos
Explicações...

Corolário de insinuações
Mosaico de personas
Carnaval de pierrôs
Vitrais da catedral
Faces em mil milhões.

Uma a cada dia
A cada hora
Pra cada pessoa
Cada uma com sua história
Verdades e mentiras...

Quantas almas eu tenho?
Talvez, somente uma.
Mas não consigo juntar
Seus pedaços.

sábado, 6 de outubro de 2012

Encaixe

Quero poder ser agraciado
Todos os dias
Com a maravilha do seu sorriso.
Te carinhar até que doa,
Esquecer de tudo,
Dividir o mundo com você.
Ser, de verdade,
A partir de agora.
Quero sentir você
 A cada respiração,
Até o fim do fôlego.
Quero me doar pra sempre.
Ser seu meio
Ser seu fim.
Quero estar com você
Pra que tudo
Se complete, assim.

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Necessidade


A caneta teima em lutar
Contra o branco do papel
Que se impõe como um
Guerreiro do silêncio.

Uma omissão indicativa
Da aflição, exagero
Do vazio.

As palavras rondam maliciosas
Como à espera da largada
...um simples traço.

Invadem teimosamente
E se instalam
Atraem-se mutuamente,
Em cadeia.

Exigem o desperdício da tinta
Para o preenchimento 
Dos espaços do papel
E enganar
Os vácuos da alma.
Impasses

De impasses
Vivo à toda hora
A todo instante
Isso me devora

Num só passo
Quero tudo
E nada laço
Assim descubro
Passo a passo
Que não passo
De um braço
Afanado
Pelo vil valor
Que é dado
Ao compasso
De um viver
Vangloriado
Exigente
Do meu descaso
Ao querer
De um descompasso

Já não sei
Mais o que
Faço!