Meus Riscos
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Muito a miúde tenho as idéias, a caneta e o papel, mas falta-me a plenitude da ação. Tenho mais que vontade, porém pouca capacidade. Apesar de laborioso, o alcance da competência é maravilhosamente possível. Os dias dão conta disso, basta ter a malícia no olhar.
A pedra é a performance. Aí sim, está o cerne da transmutação. É como possuir os ingredientes e não saber fazer o bolo. Não ter a noção exata das proporções, não dominar a dosagem.
Escrever é cozinhar, é arquitetar!
Muito me esforço, pouco consigo. Raros são os produtos aproveitáveis. No mais, bolos de gosto indefinido e solados.
Necessito de algo que está além dos ingredientes. Nenhuma receita nos dá tudo. Há que se ter o peso das horas, a carga da vida, as fotografias do passado, os detalhes das atitudes, as intenções...
Ainda não opino sobre a suposta natureza inata da arte de escrever. Se confirmada, será meu desalento.
Por enquanto, vou riscando alguma coisa por aqui.