terça-feira, 28 de maio de 2013
quinta-feira, 9 de maio de 2013
sexta-feira, 22 de março de 2013
Philip Morris
Você me abraçou
Lentamente
E hoje, ávido,
Eu te perscruto no ar.
Fiz-me signatário
Do seu câncer,
Do seu cotidiano trabalho.
E vou me deixando
Sorrisalmente definhar.
Rendo-me ao seu gosto
...de morte
...com filtro.
Por que não me cospe
E me deixa respirar
Sem monóxido?
Espanta-me gostar
De exalar combustão.
Mil colônias não bastarão.
Suicídio prazeroso
Em vinte porções diárias.
E minha alma canta:
'Como é doce morrer no ar...'
Cada caixa que se amassa,
Uma valsa que se dança
A caminho do porão.
Vão-se minhas moedas,
Vão-se meus tostões,
Levam-me os dentes,
Entregam-me ilusões.
E por esses átimos
De prazer
Que ainda não consigo
Te esquecer.
quinta-feira, 24 de janeiro de 2013
Meus Riscos
![[Papel+amassado.jpg]](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEho9hEfQqFf7vlx4D527YtDbNdC4U4z_U9GXsukgjsIiRd2wXRwxZNHhPEbRN50YR4zlNTxAH1EhoTqRzfq_VW0-AcYPNSyHuRIbsBQceCpQRgSatcBPWyIpNPuCk9JnJNLiPV5HQNgcfw/s1600/Papel+amassado.jpg)
Muito a miúde tenho as idéias, a caneta e o papel, mas falta-me a plenitude da ação. Tenho mais que vontade, porém pouca capacidade. Apesar de laborioso, o alcance da competência é maravilhosamente possível. Os dias dão conta disso, basta ter a malícia no olhar.
A pedra é a performance. Aí sim, está o cerne da transmutação. É como possuir os ingredientes e não saber fazer o bolo. Não ter a noção exata das proporções, não dominar a dosagem.
Escrever é cozinhar, é arquitetar!
Muito me esforço, pouco consigo. Raros são os produtos aproveitáveis. No mais, bolos de gosto indefinido e solados.
Necessito de algo que está além dos ingredientes. Nenhuma receita nos dá tudo. Há que se ter o peso das horas, a carga da vida, as fotografias do passado, os detalhes das atitudes, as intenções...
Ainda não opino sobre a suposta natureza inata da arte de escrever. Se confirmada, será meu desalento.
Por enquanto, vou riscando alguma coisa por aqui.
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