Philip Morris
Você me abraçou
Lentamente
E hoje, ávido,
Eu te perscruto no ar.
Fiz-me signatário
Do seu câncer,
Do seu cotidiano trabalho.
E vou me deixando
Sorrisalmente definhar.
Rendo-me ao seu gosto
...de morte
...com filtro.
Por que não me cospe
E me deixa respirar
Sem monóxido?
Espanta-me gostar
De exalar combustão.
Mil colônias não bastarão.
Suicídio prazeroso
Em vinte porções diárias.
E minha alma canta:
'Como é doce morrer no ar...'
Cada caixa que se amassa,
Uma valsa que se dança
A caminho do porão.
Vão-se minhas moedas,
Vão-se meus tostões,
Levam-me os dentes,
Entregam-me ilusões.
E por esses átimos
De prazer
Que ainda não consigo
Te esquecer.
lindo meu jovem, lindo!!!
ResponderExcluirkkkk, se não fosse trágico tbm, rs
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