Desisti de querer ser compreendido. Minhas razões são absolutamente minhas e só minhas. Eu sei o que e como vejo, mas quase nada é realmente como parece ser. Não adianta me esgoelar rua afora, não irão me entender. Como dita o provérbio: "coração de gente é terra que ninguém invade, nem com faca de cortar boi". Isso não é uma queixa, é uma constatação.
Meu vão afã é sempre alcançar o entendimento alheio, como que por afirmação. Mas o outro é distante, está na outra margem do rio. Não há ponte alguma e eu não sei nadar. Há, sim, um caráter narcisista nesse meu desejo, necessidade humana rasteira de imposição. Terrível! Por isso, é inútil lutar, existem forças igualmente desejosas vindo em sentido contrário. Todos constroem suas razões, não há espaço para intervenções ou convencimentos. Portanto, hoje percebo que é preciso parar. Devo redirecionar meu anseio, acho que vou tentar a mão inversa.
"Portanto, hoje percebo que é preciso parar. Devo redirecionar meu anseio, acho que vou tentar a mão inversa."
ResponderExcluiré isso!
"Cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é." Não mude por forças externas se não houver um desejo intrínseco, mas apenas se sente que já não é mais o que insiste em permanecer sendo. Ou ainda se o que é já não lhe faz bem. Mudanças são geralmente positivas. A inércia congela, petrifica e deprime.
ResponderExcluirA mudança é fruto do cansaço, mas sei o que faço!
ExcluirDiscordo. O cansaço nos impele à inércia, não à mudança. O desejo de mudança é fruto de um coração cheio de expectativas.
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