terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Janela




Nada melhor do que reaprender a ver, ou melhor, a enxergar a vida. Passamos por diversas fases, cultivamos diferentes "estados de espírito", nos posicionamos em distintos mirantes durante toda nossa caminhada. Cada um desses estágios encerra ao menos um olhar sobre o mundo.
Por alguns momentos, eu me sentia simplesmente feliz por ser criança, rir à toa, não ter compromissos, brincar com a terra das ruas e descobrir, principalmente, descobrir novas coisas.
O conhecimento me fazia e ainda me faz muito feliz. As pequenas descobertas representam grandes felicidades. Aprender a ler, por exemplo, foi, para mim, como nascer de novo. As pequenas felicidades, na verdade, são imensas. A simplicidade dos instantes em que elas surgem é que nos dá a impressão de miudeza. 
Mas, em meu íntimo, hoje, uma grande pequena felicidade é ver o sorriso sincero de alguém, é fazer o bem e ser recompensado apenas com a alegria do outro, é encher os olhos d'água e sentir-me bem, é conquistar novas amizades, conversar com um estranho como se o conhecesse há anos, é encantar-me, ainda que vivendo nesse turbulento mundo.
Diante da minha janela se plasma a alegria de poder ver e rever a vida.

Um comentário:

  1. Às vezes as pessoas desaprendem o que aprenderam e ao invés de fazer as pessoas sorrirem, só fazem chorar. É uma pena que tanto aprendizado, às vezes não sirva para fazer enxergar nada...

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